segunda-feira, 29 de junho de 2009

se você não fala

como irei saber?
nada que você faz é suficiente.
suas mãos apalpam mas não dizem nada
seus olhos, no escuro, me olham
- eu percebo – e apenas me percebem.
sua boca me observa, mas dela não sai nada
de vez em quando me beija – e só. (?)

será que é preciso?
sim. claro.
às vezes acho que sou realmente chato
a gente conversa tanto mas ao mesmo tempo você não me diz nada.
me diz e não diz o que eu quero e preciso ouvir.
eu preciso saber mais.
não nos conhecemos o suficiente.

eu preciso de mais
porque eu sou assim
de mais
e eu falo
não me calo
e se você não fala
eu não vou saber
e não seremos nós.





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quinta-feira, 18 de junho de 2009

ndo

conhecendo
ligando
conversando
esperando
vendo
pegando
beliscando
abraçando
beijando
descobrindo
brigando
desculpando
almoçando
comendo
despedindo
[saudade]
amando

amando
amando
amando

amando
amando

amando



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quarta-feira, 10 de junho de 2009

metendo o pau V

vamos lá, né!? mais uma rodada de meteção de pau...

1 - trânsito na cidade de salvador. está simplesmente intransitável. se pega engarrafamento em qualquer lugar e em qualquer horário... simplesmente não suporto mais isso! e pior, não sei mais o que fazer! porra! caralho! porra! - ufa! desabafei!

2 - o segundo ponto também é em relação ao transporte. prometi que não pegaria mais aquelas topics que fazem o transporte complementar em salvador, mas fui na teimosia. o motorista foi tomar café na hora da topic sair e o cobrador era um idiota sem educação. o motorista andava devagarzinho e, pra piorar, (dois pontos depois) desceu da topic junto com o cobrador pra paquerar uma menina que trabalhava num salão de beleza. aí eu estourei! paciência tem limite! sem falar no pagodão que estavam ouvindo no último volume. nem acredito que paguei R$2,20 por esse serviço. prometo (novamente) não voltar a pegar essas topics de transporte complementar.

3 - meto o pau também no preço de algumas peças de teatro que chegam em salvador. gosto muito de teatro, mas venhamos e convenhamos, o preço está de caro pra cima. tomo como base a comédia stand up e hamlet (este último vai entrar em cartaz no tca em julho). quem quiser ter umas horas curtindo uma peça no tca, tem que desembolsar numa noite uns R$100. fale sério! (isso sem falar no cirque de soleil)

é isso aí! putz! até estou mais leve agora...

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

a viuvinha

com licença sr. alencar.

num subúrbio perto da praia da glória se passa toda a história.
ao cair da noite, uma menina chamada carolina ficava batendo papo na internet até altas horas com um rapaz chamado jorge.
namoravam virtualmente todos os dias e, nos fins de semana, se encontravam no shopping (não podiam namorar na rua de carolina por causa da violência). jorge não se continha - era cada beijo ardente!
d. maria - a mãe de carolina - gostava do rapaz, afinal ele era rico e um casamento desses hoje em dia está muito difícil.
jorge era órfão, porém seu pai antes de morrer deixou sr. almeida (um amigo da família) cuidando do seu dinheiro. no entanto, antes de conhecer carolina, jorge não controlava seu dinheiro - vivia nas festas e raves.
carolina e jorge foram obrigados a se casar, por conta de uma gravidez inesperada e indesejada e, com o casamento marcado, d. maria não se continha de tanta felicidade - só não gostava da ideia de ser avó.
na véspera do casamento, jorge descobiu que sr. almeida lhe havia aplicado um golpe - estava pobre e cheio de dívidas. mesmo assim se casou.
depois de ter consumado as núpcias, jorge saiu de carro e bateu. acharam um corpo desconfigurado com os documentos de jorge. carolina, ao receber a notícia da morte do marido, provocou um aborto para não ser mãe solteira.
dez anos depois, um homem começa a lhe mandar e-mails. esse homem é jorge. ele tramou tudo isso porque queria voltar com o nome limpo no SPC. eles ficam e só quando está grávida novamente dele, ela descobre que o homem é o mesmo que ela tinha casado dez anos antes.
se casam novamente e se mudam do morro em que viviam.
jorge ganha agora um salário mínimo e carolina faz doces pra vender em casa.
carlota - uma vizinha fofoqueira - foi quem me contou toda essa história.


*esse texto foi (mal) escrito em 24.04.02, baseado livremente na obra A VIUVINHA de José de Alencar.