terça-feira, 4 de março de 2008

(in)segurança

ele todo dia sai
se despede da sua filha
pega sua condução e vai trabalhar
trabalha na rua pra lá e pra cá
e seu maior medo é não poder pra sua casa voltar

é triste, mas ele se acostumou a viver assim
fugir de brigas, confusões e balas perdidas
sabe que não tem pra onde correr
afinal, são tantas as histórias que ele escuta
é tanta coisa em sua cabeça
que nem os altos muros de sua casa o fazem esquecer que o mundo é perigoso
e que, mesmo assim, ele precisa ir para a guerra...
todos os dias.

Um comentário:

Larissa Santiago disse...

"matando a sede do nosso Eu.. matando a sede....!"
sei lá... cantei