sentada em sua cadeira verde giratória verde, ela fica ali esperando a morte chegar ou algo de pior acontecer.
ouve seu nome ser gritado por detrás das paredes de compensado, mesmo quando está sozinha. aliás, sozinha é como ela se sente durante todo o período da manhã enquanto o mundo todo se movimenta para dar ordens e escrever o seu trajeto diário; traçam o seu destino.
preocupa-se com quase tudo que não lhe diz respeito ou pelo menos finge mostrar preocupação. deve ser efeito colateral dos remédios de tarja preta que toma antes de dormir e que são conseguidos sem receita médica.
ela chora demais, mas se diz feliz. diz ela que é amada, mas no fundo ela sabe que não é. diz por dizer. chora por prazer. para ela, chorar é bem mais fácil do que sorrir.
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